Jornal:Estado de São Paulo
Quadrilha rouba Botox avaliado em R$ 600 mil
Quatro homens assaltaram o Departamento de Estoque de Medicamentos da Secretaria Estadual da Saúde na noite de segunda-feira e levaram 800 frascos-ampolas de toxina botulínica. A secretaria informou que a quantidade roubada está avaliada em R$ 600 mil. Há suspeitas de que o produto, mais conhecido pelo nome comercial Botox, será vendido para clínicas de estética facial. O caso é investigado pela 78ª Delegacia Policial (Fonseca).
Armados com pistolas, os quatro ladrões dominaram dois seguranças do estoque, localizado no bairro Barreto, em Niterói, região metropolitana do Rio. Depois de invadirem o prédio, os criminosos dirigiram-se para a câmara de refrigeração onde a toxina botulínica fica estocada. De acordo com a secretaria, eles roubaram todo o produto, mas não levaram outros medicamentos.
A toxina botulínica é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, uma intoxicação alimentar que pode ser fatal.
Há sete subtipos da toxina, cada um com utilidades clínicas diferentes, identificados pelas letras A, B, C, D, E, F e G. Sintetizada em laboratório, a droga é usada para diversos tipos de tratamento médico, como o combate à salivação e à sudorese excessivas e à paralisia facial.
Estão disponíveis no mercado o tipo A (Botox e Dysport) e o tipo B (Myobloc). De origem norte-americana, o Botox foi o primeiro a ter a venda liberada.
A aplicação de injeções de Botox para fins estéticos é um dos procedimentos cosméticos mais utilizados. A substância elimina temporariamente rugas de expressão. A Secretaria da Saúde usa o produto em cirurgias plásticas e procedimentos faciais em pacientes que têm esclerose múltipla, mal de Parkinson e paralisia facial.