Importância da Alimentação Saúdavel
Uma alimentação saudável é a chave para o bom funcionamento do corpo humano. A adoção de uma dieta balanceada ajuda a evitar uma série de problemas de saúde e cerca de 260 mil mortes por ano no Brasil. Para mostrar a importância da adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, o Ministério da Saúde definiu as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado pelo governo em 2005. O livro traz recomendações importantes como fazer três refeições ao dia, intercaladas por pequenos lanches, e privilegiar alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes e grãos.
Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo do Guia Alimentar para a População Brasileira é informar toda a sociedade sobre a importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis e fornecer informações claras e positivas para que isso aconteça. O guia está disponível na Internet, no site do Ministério da Saúde . As recomendações contidas no guia também serão divulgadas nos estados e municípios, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio dos agentes comunitários de saúde. O governo estuda como isso será feito.
O Guia divide os alimentos em grupos, de acordo com os nutrientes encontrados. Para cada grupo, traçou-se uma diretriz com orientações para o consumo dos alimentos. A primeira faz um panorama sobre os alimentos saudáveis e as refeições no seu conjunto. Ressalta a importância de variar os tipos e equilibrar as quantidades dos alimentos consumidos, distribuindo-os em três refeições diárias. Além do café, almoço e jantar, devem ser feitos de dois a três lanches nos intervalos. O hábito de consumir pequenas quantidades de alimentos, distribuídos em refeições ao longo do dia, evita os excessos e ajuda a estimular o metabolismo corporal, contribuindo para o bom funcionamento do sistema digestivo e para a manutenção do peso saudável, afirma a assessora técnica da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Dillian Goulart
A segunda diretriz destaca a importância do consumo dos cereais, tubérculos e raízes. São alimentos ricos em amidos e carboidratos complexos, principais fontes de energia para o corpo humano. As frutas, legumes e verduras formam a terceira diretriz. Nelas, estão presentes as vitaminas e minerais que contribuem para a prevenção de doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes e cardiopatias.
Existe uma preocupação do Ministério da Saúde com o consumo insuficiente desses alimentos no país. Para Dillian Goulart, o baixo consumo de frutas, verduras e legumes oferece riscos à saúde dos brasileiros. Segundo ela, deve-se consumir, no mínimo, 400 gramas diários desses produtos. Hoje, os brasileiros ingerem esses alimentos, em média, três vezes menos do que deveriam.
Grãos
A quarta diretriz trata dos vegetais em grãos, ricos em proteínas, como feijão, soja, grão-de-bico e outros. Eles também são indicados por apresentarem baixo teor de gordura.
A quinta diretriz é dedicada aos produtos de origem animal, como carnes, ovos, leites e derivados. Seu consumo moderado está ligado a uma dieta saudável. Esses alimentos também são ricos em proteínas, nutriente responsável pela formação dos tecidos musculares e órgãos. Deve-se dar preferência aos alimentos desse grupo com baixos teores de gordura, assinala Dillian.
A sexta diretriz trata dos alimentos e bebidas que contêm altos teores de gorduras, açúcares e sais. Eles devem ser ingeridos em pequenas quantidades, pois em excesso são prejudiciais à saúde e aumentam o risco de doenças como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. Os profissionais de saúde recomendam que se dê preferência aos óleos vegetais, azeites e margarinas livres de ácidos graxos trans, sempre em pequenas quantidades. Existem ainda duas diretrizes especiais ligadas aos hábitos alimentares saudáveis. A primeira trata das atividades físicas regulares. Praticar exercícios físicos ao longo da vida auxilia na manutenção do peso saudável e, associado à alimentação balanceada, reduz os riscos de doenças e melhora a qualidade de vida.
A segunda diretriz especial chama a atenção sobre os cuidados necessários para manter a qualidade sanitária dos alimentos, desde o momento da compra até a conservação, preparação e consumo. São necessárias práticas de higiene ainda durante a produção dos alimentos, nos serviços de alimentação, nas unidades de comercialização e nos domicílios. Essas medidas reduzem os riscos de doenças transmitidas pelos alimentos, principalmente para as crianças. As autoridades em saúde alertam as pessoas para que tenham cuidado ao fazerem suas refeições fora de casa e para observarem as condições de higiene dos restaurantes e lanchonetes.