Hepatite B - Como se Transmite |
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04/10/2007 |
Hepatite B – como se transmite
Qual a frequência da hepatite B? Como se transmite a hepatite B? Quais os grupos de risco para a transmissão do vírus da hepatite B? A mãe com hepatite B pode amamentar? As tatuagens, os piercings, a acupunctura, a podologia, são práticas de risco? Quais são as complicações da hepatite B? A hepatite B tem cura?
Qual a frequência da hepatite B? A hepatite B é um dos problemas de saúde pública mais graves em todo o mundo. Estima-se que 5% da população mundial seja portadora do vírus. Com a inclusão da vacina contra a hepatite B no Plano Nacional de Vacinação para todos os recém-nascidos o número de casos de hepatite B tem vindo a diminuir. Portugal encontra-se classificado dentro dos países com baixa percentagem de portadores crónicos com - menos de 2%.
Como se transmite a hepatite B? A transmissão sexual e através da mãe para o filho na altura do parto, são as principais formas de contagio. Nos países industrializados, a maioria é adquirida pelo contacto sexual e pela toxicodependência, dado que o vírus da hepatite B é transmitida pelo contacto com sangue ou de outros fluidos orgânicos, aliás da mesma forma que o VIH (vírus da imunodeficiência adquirida). Por isso, as transfusões de sangue não seguras, isto é sem controlo, também são uma fonte potencial de contaminação. Actualmente, no nosso país as transfusões efectuadas são das mais seguras do mundo, cumprindo todos os padrões internacionais de segurança. O contato social não representa qualquer risco de contágio, mesmo com aqueles indivíduos que estão numa fase ativa da doença, nomeadamente a partilha de canetas, de teclados do computador, o aperto de mão, o beijo na face, o abraço ou tomar café. No entanto, deve evitar-se a partilha de instrumentos cortantes, lâminas de barbear, instrumentos de depilação.
Quais os grupos de risco para a transmissão do vírus da hepatite B? Mais correcto é falar em comportamentos de risco. Nos países industrializados, a transmissão faz-se principalmente através das relações sexuais, de modo que os grupos de risco mais relevantes são, as prostitutas, indivíduos com contactos sexuais promíscuos, principalmente se desprotegidos, e os homossexuais masculinos. Outros grupo são os toxicodependentes intravenosos que partilham o material utilizado na droga. Os indivíduos que fazem hemodiálise e os hemofílicos constituem hoje, um grupo de risco reduzido, em países que cumprem as regras seguras de controlo do sangue.
A mãe com hepatite B pode amamentar? Pode. Apesar do vírus poder ser encontrado no leite materno, não existe prova de transmissão do vírus através do leite materno. Recomenda-se maior precaução no caso de surgirem gretas nos mamilos, principalmente se houver sangramento.
As tatuagens, os piercings, a acupunctura, a podologia, são práticas de risco? Podem ser, se as normas de higiene e segurança não forem cumpridas. Toda e qualquer actividade que implique um corte na pele ou mucosas (boca, língua e mucosa nasal) podem ser fonte potencial de contaminação. A partilha de lâminas nos barbeiros, o tratamento de calos e arranjo de unhas, podem também ser actividades de risco, se não houver uma higiene rigorosa e não partilha de qualquer material cortante que possa estar contaminado.
Quais são as complicações da hepatite B? Em casos raros, em menos de 1% das hepatites B agudas, pode evoluir para a chamada hepatite fulminante, uma situação muito grave, que é fatal em metade dos casos. Outra complicação da hepatite B consiste em tornar-se crónica, isto é, o vírus persiste para sempre no organismo. O paciente passa a estar integrado na classificação denominada “portador crónico”, em que o marcador AgHBs permanece positivo, regra geral, para sempre. Isto acontece em 5% dos adultos, ou seja, 95% dos adultos cura espontaneamente sem qualquer tratamento médico. No entanto, em idades mais jovens, nos recém-nascidos, a probabilidade de evolução para portador crónico é de 95%.
A hepatite B tem cura? A hepatite cura em 5% das crianças e em 95% dos adultos infectados no contexto da hepatite B aguda. Quando o doente se torna portador crónico (AgHBs positivo) a probabilidade de ocorrer a cura de forma espontânea é de cerca de 1-2% por ano. Quando existe indicação para tratamento, a probabilidade de cura efectiva ou seja negativação do Ag HBs é diminuta. O que se consegue, em cerca de 30-40% dos doentes que também têm o Ag Hbe positivo, é a redução da carga vírica para níveis mais baixos, o que melhora significativamente o prognóstico, diminuindo o risco de surgir doença grave.
Texto baseado no livro: "120 perguntas sobre Hepatite B". Editora: José Velosa, Rui Tato Marinho e Miguel Carneiro de Moura. Editora Quimera.
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