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Câncer de pele

Add: 08/08/2006

Câncer de pele

O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide, também chamados de câncer de pele não melanoma, são os tipos de câncer de pele mais freqüentes (70% e 25%, respectivamente). Porém, apesar das altas taxas de incidência, o câncer de pele não melanoma apresenta altos índices de cura principalmente devido à facilidade do diagnóstico precoce.

Os carcinomas basocelular são originários da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pelos, por exemplo. Já os carcinomas epidermóides têm origem no queratinócio da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas.

Indivíduos que trabalham com exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não melanoma. Esse tipo de câncer é mais comum em adultos com picos de incidência por volta dos 40 anos. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares a média de idade dos pacientes vem diminuindo.

Pessoas de pele clara, que ficam vermelhas com a exposição ao sol, estão mais sujeitas às neoplasias. A maior incidência deste tipo de câncer de pele se dá na região da cabeça e do pescoço que são justamente os locais de exposição direta aos raios solares.

Epidemiologia

O câncer de pele não melanoma é o tipo de câncer mais freqüente na população brasileira. Segundo as Estimativas sobre Incidência e Mortalidade por Câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA), dos 337.535 novos casos previstos para o ano de 2002, o câncer de pele não melanoma foi responsável pelo diagnóstico de 62.190 novos casos.

Porém, apesar da alta taxa de incidência, o câncer de pele não melanoma não consta como um dos dez tipos de câncer que mais matam. A facilidade do diagnóstico precoce é o principal fator que contribui para o baixo índice de mortalidade.

O carcinoma basocelular é o mais freqüente dos cânceres de pele, correspondendo a cerca de 75% dos cânceres não melanoma diagnosticados. Nos Estados Unidos, a média é de 191 pessoas diagnosticadas por cem mil pessoas brancas.

Fatores de Risco

A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco do câncer de pele. Pessoas que vivem em países tropicais como o Brasil e a Austrália, país com o maior registro de câncer de pele no mundo, estão mais expostos a esse tipo de doença.

Porém, doenças cutâneas prévias, fatores irritadiços crônicos (úlcera angiodérmica e cicatriz de queimadura) e exposição a fatores químicos como o arsênico, por exemplo, também podem levar ao diagnóstico de câncer de pele. Nestes casos, a doença costuma se manifestar muitos anos depois da exposição contínua aos fatores de risco.

Prevenção

Embora o câncer de pele apresente altos índices de cura, ele também é um dos tipos que mais cresceram em número de diagnósticos nos últimos anos. A melhor maneira de evitar que ele se manifeste é através da prevenção. A exposição ao sol deve ser evitada no período das 10h às 16h. Mesmo durante o horário adequado é necessário utilizar a proteção adequada como: chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.

O filtro solar ameniza alguns efeitos nocivos do sol, como as queimaduras, dando portanto uma falsa sensação de segurança. É importante lembrar que os filtros solares protegem dos raios solares, no entanto eles não têm o objetivo de prolongar o tempo de exposição solar. Todos os filtros solares devem ser repassados a cada 30 minutos de exposição.

Sinais e sintomas

Pessoas que apresentam feridas na pele que demorarem mais de 4 semanas para cicatrizar, variação na cor de sinais, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram devem recorrer o mais rápido possível ao dermatologista.

Diagnóstico

O câncer de pele não melanoma pode apresentar dois tipos de diagnóstico. O carcinoma basocelular é diagnosticado por meio de uma lesão (ferida ou nódulo) com uma evolução lenta.
O carcinoma epidermóide também surge por meio de uma ferida, porém, que evolui rapidamente e vem acompanhada de secreção e de coceira. A maior gravidade do carcinoma epidermóide é devido à possibilidade que esse tipo de câncer tem de apresentar metástase.

Tratamento

Em ambos os casos a cirurgia é o tratamento mais indicado. Porém, dependendo da extensão, o carcinoma basocelular pode também ser tratado através de medicamento tópico ou radioterapia.
No caso do carcinoma epidermóide, o tratamento usual é feito basicamente por meio de procedimento cirúrgico e radioterapia.

Fonte: INCA - Ministério da Saúde
(http://www.inca.gov.br/cancer/pele/nao_melanoma.html)

MELANOMA

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

Epidemiologia

Em 2002, segundo dados das Estimativas de Incidência e Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer, o câncer de pele melanoma atingiu 3.050 pessoas e foi responsável por 1.085 óbitos no Brasil. Nos Estados Unidos, foi o câncer de aumento mais expressivo, tendo sua incidência quase triplicada nas últimas quatro décadas.

Fatores de Risco

Os fatores de risco em ordem de importância são a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas).

Prevenção

Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, no qual os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado é necessária a utilização de proteção como chapéu, guarda-sol, óculos escuro e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.
Sinais e sintomas

O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.
Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares.

Diagnóstico

A coloração pode variar do castanho-claro passando por vários matizes chegando até à cor negra (melanoma típico) ou apresentar área com despigmentação (melanoma com área de regressão espontânea). O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal (superficial), a neoplasia invade a epiderme, podendo atingir ou não a derme papilar superior. No sentido vertical, o seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis.

Tratamento

A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Fonte: INCA - Ministério da Saúde
( http://www.inca.gov.br/cancer/pele/melanoma.html)


AUTO-EXAME DA PELE

O que é o auto-exame da pele?

É um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de pele pode ser curado.

Quando fazer?

Ao fazer o auto-exame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame.

O que procurar?

Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram
Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor Feridas que não cicatrizam em 4 semanas
Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito abaixo:
Assimetria - uma metade diferente da outra
Bordas irregulares - contorno mal definido
Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul
Diâmetro - maior que 6 mm

Como fazer?
1. Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
2. Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3. Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital;
4. Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os entre os dedos;
5. Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
6. Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.

ATENÇÃO:
Caso encontre qualquer diferença ou alteração, procure orientação médica. Evite exposição ao sol das 10h às 16h utilize sempre filtros solares com fator de proteção 15 ou mais, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros.  

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