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ARTIGOS» HOMEM » DETALHES
A Revolucionária Pílula do Homem

Add: 22/08/2006

A revolucionária pílula do homem

Correio Braziliense (12/10/2003)

Contraceptivo masculino descoberto por cientistas australianos interrompe a produção de espermatozóides, combinando dois hormônios aplicados por injeção e implante sob a pele. Novidade divide especialistas

A vida da mulher ganhou novo horizonte na década de 1950 com o surgimento da pílula anticoncepcional. Ela percebeu que poderia, se quisesse, ser a única responsável pela decisão de ter filhos. Agora chegou a vez dessa revolução ocorrer na vida deles, os homens. Pela primeira vez, o teste de um contraceptivo masculino em casais sexualmente ativos mostrou que o método foi totalmente eficaz para evitar a gravidez.

O novo anticoncepcional combina um implante subcutâneo, contendo o hormônio sexual masculino testosterona, e injeções de progestina, hormônio usado nas pílulas femininas. Foi adotado por 55 casais durante um ano e nenhuma das parceiras engravidou. A pesquisa, liderada por uma equipe australiana, foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism (jcem.endojournals.org).

Alguns médicos e cientistas receberam a novidade com entusiasmo, outros com cautela. David Baird, do Centro de Biologia Reprodutiva da Universidade de Edimburgo (Grã-Bretanha), disse que a descoberta mostra ''que estamos fazendo progressos em conseguir uma pílula ou alguma forma de contracepção masculina''. A expectativa de Baird é ter um produto viável em cinco anos.

O brasileiro Ricardo Meirelles, chefe do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM) é mais cético. ''Ainda não recebi informações científicas sobre o estudo australiano'', afirma o endocrinologista depois de acessar o site do Journal of Clinical Endocrinology. Segundo ele, há vários grupos de cientistas testando versões de um contraceptivo masculino, como os chineses, com injeções de testosterona. ''Ainda são necessários muitos estudos antes de um método chegar ao consumidor'', acredita o médico.

O professor David Handelsman, chefe do grupo responsável pela pesquisa, garante a eficácia do seu método, mas reconhece a necessidade de mais testes. Agora, segundo ele, cabe às companhias farmacêuticas desenvolver a pesquisa em um produto comercial. Duas empresas, Organon e Schering, já anunciaram no ano passado o interesse de criar uma droga assim. Segundo Handelsman, falta desenvolver um produto que una os dois hormônios.

Os novos estudos também permitirão a descoberta de uma dose que preserve a capacidade reprodutiva masculina e não diminua o apetite sexual masculino. ''O uso de hormônio feminino leva à queda da libido. Por isso, os cientistas deram as doses extras de testosterona para os voluntários'', acredita o angiologista e sexólogo Alfredo Romero, diretor do Instituto Brasileiro para Saúde Sexual (Ibrasexo) e especialista em disfunções sexuais. A testosterona é o hormônio que define as características masculinas, como músculos e apetite sexual. ''O homem só usará um anticoncepcional se tiver certeza de que ele não diminuirá o seu tesão'', garante Romero. Meirelles lembra que as altas dosagens podem trazer graves danos à saúde masculina, como câncer de próstata e doenças do fígado.

A pílula brasileira

Desde a década de 1990, investiga-se um tipo de anticoncepcional masculino, com a aplicação do testosterona e suas possíveis combinações para impedir a fabricação dos espermatozóides. O Brasil também caminha em busca desse contraceptivo. Uma das possibilidade é a pílula criada pelo médico baiano Elsimar Coutinho, 71 anos, conhecido pelos implantes hormonais para suprimir a menstruação. A pílula brasileira é feita com base no gosipol, um composto derivado do algodão, que inibe a produção de espermatozóides. Em suas pesquisas, Elsimar testou o gosipol em cerca de 1,5 mil homens do Brasil, China e África e está em análise no Ministério da Saúde.

Elsimar Coutinho explica que o homem deve tomar o gosipol por três meses, tempo estimado para que o corpo do homem esgote suas reservas de espermatozóides. Depois, o uso deve ser contínuo. O especialista baiano desenvolve os seus estudos há 20 anos, mas ainda existem algumas dúvidas sobre os seus efeitos colaterais, como a infertilidade permanente em cerca de 20% dos usuários. Romero e Meirelles não quiseram comentar as pesquisas de Coutinho. ''Não tenho informações científicas a respeito'', disse Meirelles.

Mal moderno

Um dos principais tabus masculinos é a perda de apetite sexual. Porém, a falta de libido é um problema mais comum do que se pensa. A partir dos 30 anos, começa uma redução progressiva do níveis de hormônio, que pode levar inclusive à perda de desejo sexual. Estima-se que cerca de 5% dos homens com mais de 50 anos sofrem com a queda hormonal.

Alterações genéticas hereditárias também aumentam as chances de diminuição na libido por motivos orgânicos. Principalmente nos casos em que a queda do nível dos hormônios é causada por tumores na hipófise, glândula que fica na parte inferior do cérebro e coordena a produção de testosterona nos testículos.

Outra causa é a redução dos níveis de testosterona provocada por alguma lesão nos testículos ocorrida durante uma cirurgia ou após uma infecção viral, como a caxumba.

Muitas medicações e tratamentos para doenças crônicas também levam à perda do desejo sexual. É o caso de alguns remédios para tratar a hipertensão arterial, doenças cardíacas, tratamentos de calvície e produtos usados em quimioterapia.

Segundo os médicos, os males da vida moderna também diminuem o desejo sexual masculino. Eles citam o estresse, o sedentarismo, o consumo excessivo de bebidas alcóolicas e alimentos ricos em gordura e o uso de drogas.

Povo fala

Você acredita que os homens usarão anticoncepcional?

Paulo Victor Farias Cabral
Estudante, 20 anos, solteiro e sem filhos, mora em Planaltina
Claro que usaria um anticoncepcional. Seria mais prático para impedir uma gravidez indesejável.
Atualmente, uso camisinha e a minha namorada toma pílula. Estamos 100% garantidos. Não tenho medo de possíveis efeitos colaterais, pois acredito que só irão colocar no mercado um medicamento eficaz.


Waldir Vieira Teixeira
Taxista, 54 anos, casado, três filhos, mora em Ceilândia
Não tenho coragem de usar essas novidades. Contesto até a eficácia da vasectomia, pois não há garantias de que a cirurgia não prejudicará a minha virilidade. O homem nasceu para produzir espermatozóides e ter filhos é coisa de macho. Se não quiser filhos, é só não transar. E se for casado, tomar os cuidados necessários.

Alexandre Humberto Rocha
Professor universitário, 52 anos, casado, dois filhos, mora na Asa Norte
Não usaria um remédio sobre o qual ainda não tenho informações suficientes. Na minha opinião, quanto menos o homem usar produtos químicos melhor. E o anticoncepcional masculino é um medicamento, e como tal deve apresentar seus efeitos colaterais. A pílula e outros contraceptivos femininos fazem mal à saúde da mulher e acredito que o do homem também pode ter efeitos danosos.

Carolina Parreira
Dona de boutique, 21 anos, solteira e sem filhos, mora na Asa Sul
O meu namorado com certeza vai usar e acredito que os outros homens também. Sei que eles são preconceituosos quando se trata de sexo. Mas, assim como as mulheres, eles se preocupam em prevenir uma gravidez. E quando o anticoncepcional for lançado, os laboratórios farão uma grande campanha de esclarecimento sobre o assunto, o que deverá diminuir os temores masculinos.

Luciana Arruda Alves
Assistente técnica, 23 anos, solteira e sem filhos, mora em Taguatinga
Os homens ainda estão na idade da pedra e são muito preconceituosos. Eles não gostam de usar camisinha e dificilmente vão adotar um anticoncepcional, seja pílula ou injeção. Alguns podem até sentir vontade em tomar, mas terão resistência. Para os homens, a responsabilidade de evitar filhos compete a mulher. Eles não gostam de se preocupar com esse assunto.  

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